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Para pedir justiça, familiares de Nino Vieira vão encontrar-se com o Presidente da República O Presidente da Nigéria adiantou hoje que um grupo de países da Africa Ocidental vai organizar uma reunião de emergência(?) em meados de Setembro para discutir um possível envio de tropas para a Guiné-Bissau, noticiou a agência AP. Enquanto isso, os familiares e amigos do ex-presidente João Bernardo “Nino” Vieira reúnem-se amanhã com o Presidente Bacai Sanhá (foto) a quem vão pedir que se faça justiça. O chefe de Estado nigeriano, Goodluck Jonathan, que também preside à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), disse que o Presidente guineense pediu 600 soldados para ajudar a lidar com a instabilidade na Guiné-Bissau. O chefe de Estado da Nigéria precisou que a reunião de emergência deverá realizar-se em meados de Setembro, sem adiantar mais pormenores. A CEDEAO conta com uma missão de paz própria, composta pelo Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo. O anúncio do Presidente nigeriano surge cerca de uma semana após os chefes militares da CEDEAO terem estado reunidos durante dois dias em Bissau. Na altura, o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Nigéria, o marechal Paul Daick, que é igualmente presidente da comissão de chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas da CEDEAO, afirmou que a reunião em Bissau não teve como objectivo decidir a vinda de uma missão de estabilização para o país. "A nossa presença na Guiné-Bissau não tinha como objectivo conversar com as autoridades deste país sobre a vinda de qualquer força ou missão de estabilização", afirmou. Daick disse que a sua presença naquele país visava três objectivos, mas sobretudo ajudar "os colegas da Guiné-Bissau a resolverem a crise que se abateu sobre o país", referindo-se assim ao último levantamento militar liderado pelo actual chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, o tenente gerenal António Indjai, o qual resultou na destituição e prisão do então responsável, Zamora Induta. "Viemos ver como ajudar os nossos colegas a trabalharem no sentido do respeito da democracia, respeito pelo Estado de Direito, e a resolver os problemas criados com a última crise", sublinhou Daick. Das reuniões, encontros com as autoridades políticas e visitas a algumas instalações militares, os chefes das Forças Armadas da CEDEAO concluíram ser "urgente" dar continuidade ao processo de reforma do sector de Defesa e Segurança guineense, tendo sido apontadas as tarefas imediatas a desenvolver nesse âmbito. Para já, ficou estabelecido que as Forças Armadas guineenses precisam de ser reestruturadas, porque contam actualmente com mais oficiais do que soldados, sendo que estas também necessitam de formação nos domínios da cidadania, respeito pelos Direitos Humanos e princípios democráticos, frisou o marechal nigeriano. Daick disse que a comissão que dirige irá formular propostas para a direcção política da CEDEAO, no sentido desta organização mobilizar fundos para colocar à disposição da Guiné-Bissau, com os quais o país poderá dar início a programas de reconstrução de casernas e reequipamento das instalações militares. Familiares e amigos de Nino querem justiça Entretanto, os familiares e amigos do ex-presidente guineense, João Bernardo “Nino” Vieira, assassinado em Março de 2009 na sua residência, reúnem-se amanhã com o Presidente, Malam Bacai Sanhá a quem vão pedir que se faça justiça sobre o assassínio de figuras politicas do país. “Vamos pedir a intervenção do Presidente no sentido de ele interceder junto da comunidade internacional e do Governo da Guiné-Bissau para arranjarem meios ao Ministério Público para que possa prosseguir e concluir as investigações”, disse Roberto Cacheu, antigo secretário de Estado da cooperação internacional. Actual deputado pelo partido no poder, Roberto Cacheu é o porta-voz dos familiares e amigos de figuras politicas e militares assassinados em 2009 na Guiné-Bissau, nomeadamente “Nino” Vieira, Tagmé Na Waié (antigo Chefe das Forças Armadas) e os deputados Helder Proença e Baciro Dabó. “A audiência com o Presidente faz parte de uma estratégia que estamos a seguir, depois de falarmos com o Procurador, falamos com a CEDEAO agora vamos levar a nossa preocupação ao Chefe de Estado”, afirmou Roberto Cacheu. Recentemente, o grupo, constituído por familiares de dirigentes assassinados, políticos de vários quadrantes e pessoas anónimas, encontrou-se com o Procurador-geral guineense, Amine Saad, de quem recebeu informações de que o Ministério Público não avança com as investigações por falta de meios. “Não se pode falar da paz sem que haja justiça. Queremos que esses casos de assassinatos sejam esclarecidos, mas sem meios o Ministério Público não poderá fazer nada. É isso que estamos a tentar fazer, sensibilizar o Presidente e outras entidades para que apoiem o Ministério Público”, disse Roberto Cacheu. O grupo tenciona reunir-se com todas as representações diplomáticas na Guiné-Bissau. Roberto Cacheu explicou que o grupo aguarda por uma resposta do representante do secretário-geral das Nações Unidas, Joseph Mutaboba. |
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quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Bacai Sanhá pediu 600 militares para pôr ordem na Guiné-Bissau
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